Eu nasci e cresci numa família tradicional, de comercial de margarina. Sou a filha caçula de duas e sempre tive todo o apoio para que eu me formasse e conquistasse uma vida confortável, como era a dos meus pais. Ainda adolescente eu conheci o Murilo, que em poucos anos seria o meu marido. Me formei, me casei, compramos o nosso primeiro apartamento, estava crescendo profissionalmente e vivendo o meu conto de fadas quando veio o meu diagnóstico: um câncer em estágio avançado no quadril com baixa expectativa de vida em uma época em que todas as pessoas que eu conhecia que haviam tido câncer, tinham falecido. 
 

Eu perdi os cabelos, os movimentos, a independência, a vitalidade e, por algumas vezes, até a esperança nos vários anos que passei em tratamento. Eu precisei perder muito - quase tudo - para me conhecer profundamente e impulsionar todos os ganhos que seguiriam. 
 

Depois de, contra todas as expectativas, ter me curado, eu construí a família que eu sempre quis, moro na casa que eu sempre sonhei e sou a profissional que nem nos meus sonhos eu acreditaria ser possível. Sobre as mãos de Deus eu vivi o impossível e uma jornada de mais de 10 anos de estudos, renúncias, autoconhecimento e espiritualidade me fizeram quem eu sou. Eu precisei ir no fundo do poço para aprender como escalar a montanha do sucesso, mas eu venci cada batalha!

A mulher que eu sou hoje só existe porque a Carol de vinte e poucos anos mergulhou profundamente na sua espiritualidade. A esposa e mãe que eu sou hoje só existem porque a Carol e o Murilo de anos atrás aprenderam a superar as suas dificuldades no relacionamento mesmo nos piores momentos. A profissional que eu sou hoje só existe porque eu aprendi a colocar o trabalho no lugar certo na minha vida.

A mentora de mulheres que eu sou hoje só existe porque eu entendi que "quanto mais eu me conheço, mais eu me curo e mais eu me transformo” e, num mergulho profundo na minha alma hoje eu consigo, de fato, viver a frase que eu carrego como escudo: “Ninguém pára quem eu vim para ser!”